
“Montes da minha aldeia,(…)
Em vós irei dormir a eternidade…
Que a vossa terra e os vossos pinheirais
Se alimentem de mim, desta saudade
Que andou, em alma e carne, sobre o mundo.”
(Teixeira de Pascoaes, Sempre)
Inserido na actividade “Um Mês, Um Escritor”, o Departamento de Línguas dedicará o mês de Fevereiro a um poeta da região, muito nosso, Teixeira de Pascoaes.
A serra do Marão, a aldeia onde viveu, Gatão e o rio Tâmega foram locais sagrados do poeta, tão bem retratados na sua obra.
Os alunos serão convidados a conhecer a sua biobibliografia, nomeadamente a sua poesia, e ainda a produzir trabalhos escritos/ e ou desenho sobre ele.
Teixeira de Pascoaes
A 2 de Novembro de 1877, nasceu em Amarante Teixeira de Pascoaes. Dois anos mais tarde, a família muda-se para a Casa de Pascoaes situada na freguesia de São João de Gatão, nos arredores de Amarante. Será neste solar setecentista que Teixeira de Pascoaes habitará a maior parte da sua vida e onde virá a morrer, a 14 de Dezembro de 1952. As primeiras colaborações poéticas de Pascoaes, no jornal A Flor do Tâmega, datam de 1894 e Embryões, o seu primeiro livro e o único que será repudiado pelo autor, é publicado um ano mais tarde, aos 18 anos. Em 1896, Teixeira de Pascoaes matricula-se no curso de Direito, na Faculdade de Coimbra, publicando durante esses anos, entre outros livros, Belo, À Minha Alma, Sempre e Terra Proibida. Em 1906, no Porto, Teixeira de Pascoaes começa a exercer advocacia, profissão de que se ocupa apenas até 1913, ano em que abandona a cidade e fixa definitivamente a sua residência em São João de Gatão. Durante os anos de vivência no Porto, Pascoaes havia publicado, por exemplo, Vida Etérea, Senhora da Noite e Marânus. Os anos de 1912 a 1921 são marcados pela direcção da revista literária A Águia, órgão do movimento da Renascença Portuguesa, pela publicação do seu primeiro livro em prosa, Verbo Escuro, do ensaio A Arte de Ser Português, de O Bailado, entre outras obras. 1928, data de publicação de Livro de Memórias, marca a transição de Teixeira de Pascoaes da poesia para a prosa e o início de uma série de biografias: São Paulo (1934), São Jerónimo (1936), Napoleão (1940), O Penintente - Camilo Castelo Branco (1942) e Santo Agostinho (1945).
Em Portugal, a obra de Pascoaes é lida com entusiasmo e admiração pela elite intelectual da época, desde Pessoa a Sá-Carneiro, Mário Cesariny e Alexandre O’Neill, António Maria Lisboa e Eugénio de Andrade, Pedro Oom e Mário Henrique Leiria. Durante este período muitas das obras de Pascoaes são dadas a conhecer a leitores estrangeiros, tornando-se o escritor português mais traduzido e sendo louvado por escritores como García Lorca e Unamuno.
1 comentário:
A menina não estará enganada? Não quererá dizer Fevereiro?
F & L
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