quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Tormes e Eça aos olhos do Ricardo







Tormes e Eça de Queirós aos olhos de Ricardo Martins

No passado dia 20 de Novembro, os alunos do terceiro ciclo realizaram uma visita de estudo a Tormes, Baião, casa museu do escritor Eça de Queirós, com o objectivo de fomentar o gosto pela literatura, promover o contacto com escritores/locais descritos nas suas obras e aplicar a técnica do relatório/ descrição.
A viagem de ida, iniciada às 9.30, foi marcada pelos sucessivos enjoos dos alunos.
Depois de termos enfrentado um percurso difícil, chegámos a Tormes…deparámo-nos com uma aldeia perdida no meio do silêncio, da solidão e do verde da paisagem.
A paisagem fascinava…um vale entre serras, vinha contra vinha (as vinhas que dão origem ao famoso vinho de Tormes), com as suas coloridas folhas de Outono.
Quanto à casa, descrita no seu livro “ A cidade e as Serras”, à entrada tem dois cedros pontiagudos como que a receber os visitantes, um pátio principal, rodeado pelas quatros fachadas da casa, repletas de heras coloridas.
O primeiro grupo, no qual eu estava inserido, subiu as escadas que davam acesso à sala de entrada, ao vestíbulo. Lá, o guia, de uma forma sucinta, mas expressiva, contou-nos a vida de Eça de Queirós. Aquela primeira sala tinha um mobiliário muito característico e genuíno, onde se encontrava a famosa “mesa do arroz de favas”. O guia informou-nos também de que a primeira vez que o escritor visitou a casa, herança de sua mulher, não tinha condições de habitabilidade, devido ao mau estado em que se encontrava e Eça ficou muito desanimado.
Em seguida, dirigimo-nos para a biblioteca, que foi recuperada pela sua filha mais nova, Maria, aquela que tinha maior ligação ao pai, a única que tinha acesso ao seu escritório. Nesta parte da casa encontra-se um quadro muito interessante, uma simples imagem de árvores com neve. Este foi-lhe oferecido pelo pintor Carlos Reis. Ao recebê-lo, Eça identificou-se com ele, referindo que representava o “real imaginário”. Nessa mesma sala, vimos fotografias do autor com o seu melhor amigo – Ramalho Ortigão, padrinho e único convidado do casamento, uma mesa alta, onde escrevia os seus livros, de pé.
Numa outra sala, sem divisão, encontrava-se a cabaia chinesa, um fato que tinha pertencido a um Mandarim e que lhe foi oferecido pelo Conde de Arnoso, seu amigo.
Na sala de estar e jantar deparamo-nos com alguns objectos do autor: O seu célebre e característico monóculo, as alianças de casamento. Na lareira havia peças esculpidas por várias pessoas célebres da época: António nobre, Carlos Reis, Eduardo Prado…
Quando íamos em direcção ao quarto, cruzamo-nos com a neta do escritor, presidente da Fundação Eça de Queirós, que quis saber se estávamos a gostar e qual a nossa escola.
Dirigimo-nos para a cozinha da casa,,, hum…que cheirinho bom (mas não era para nós!). De seguida, fomos ver os lagares, onde são produzidos os vinhos da casa e terminámos a visita na capela. Nesta capela ainda se celebra missa aquando do aniversário de nascimento do escritor (25 de Novembro).
A viagem de regresso foi muito mais calma…sem enjoos!
Foi uma visita muito interessante.


Ricardo Martins – 8.º C

5 comentários:

Anónimo disse...

Deve ter sido um passeio e tanto.

Anónimo disse...

Gostei do que escreveu o Ricardo. Assim ficamos a saber o que se faz nas visitas.

Anónimo disse...

Está mesmo fixe.

Anónimo disse...

Nunca fui para esses lados, mas pelo que contam acho que nunca vou (para grande pena minha, devem ser muitas curvas.

Anónimo disse...

Grande visita. A professora é um espectaculo!.....