sexta-feira, 28 de novembro de 2008

poemas que nos tocam


As palavras

São como um cristal, as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes, leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E, mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe,
assim, cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?


Eugénio de Andrade

7 comentários:

CAP disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

É um poema muito bonito. Faz pensar.

Anónimo disse...

Sou E.E. de um educando do 8C, e acho que este blog está muito bonito este ano. A professora de português está muito empenhada e sei que os alunos gostam muito dela.

Anónimo disse...

Eu também estou a gostar desta página, então este poema muito bonito.

Anónimo disse...

Eu ando a seguir este trabalho, porque tenho filhos nessa escola, e vejo que agora que eles sabem mais, está a ficar mais bonito.
Parabéns a todos.

Anónimo disse...

Parabéns a todos, o trabalho que estão a fazer mostra bem o empenho e dedicação que têm, principalmente o insentivo que os professores estão a dar para este trabalho.
Parabéns continuem assim.

Cristina

Anónimo disse...

Tenho andado a ver esta página está muito bonita como já disse várias vezes e fiquei encantada com a imagem da data e da nuvem os alunos tiveram nuito bom gosto condiz com esta época, mas hoje fiquei triste porque estava à espera de ver mais um verso e ninguêm escreveu nada.